quarta-feira, 28 de setembro de 2011

BOLA CHEIA E BOLA MURCHA DO ROCK IN RIO




Alguns problemas consideráveis de estrutura marcam o primeiro fim de semana do Rock in Rio 2011. Apesar da evolução, as falhas de logística deixam evidente que ainda há muito o que melhorar no festival.
Uma das grandes modificações para a quarta edição do evento foi a grama sintética, que impede a formação de lama no local. Por outro lado, a sobrecarga dos serviços de alimentação e falhas de segurança prejudicou o público de aproximadamente 100 mil pessoas que habitaram a Cidade do Rock em cada dia de apresentações.


Problemas com segurança foram a principal reclamação do público, que sofreu com um arrastão logo no primeiro dia, durante o show da cantora Claudia Leitte.  Além disso, algumas pessoas foram vítima de uma série furtos na altura da favela Vila Autódromo, enquanto aguardavam na fila para entrar na Cidade do Rock.
Dentro do festival, as enormes filas se formavam para tudo. Porém, a pior delas era para comprar comida. Além do preço elevado, foi preciso passar mais de uma hora na fila para conseguir comer. A qualidade do serviço também não foi satisfatória, a rede de lanchonetes responsável pela venda de comida não deu conta da demanda e vendia sanduíches congelados por dentro.
Comprar a merecida cerveja também tornou-se uma tarefa que exigiu paciência. Alguns ambulantes vendiam a bebida no meio do público – com um preço maior – mas, o número de vendedores não foi suficiente para evitar as filas. Já os brinquedos e as lojas oficiais do Rock in Rio, foram motivo para novas e demoradas filas, que eram os alvos preferidos dos bandidos.
A menor das filas era para usar os sanitários. Nesta edição os clássicos banheiros químicos foram substituídos por sanitários com descarga e pias com água corrente. O serviço funcionou bem até o inicio do dia 25, quando um vazamento da rede de esgoto fez com que uma água misturada com urina se espalhasse por toda a região dos banheiros.
Por outro lado, o público não colaborou para a limpeza do local. As pessoas não pensavam duas vezes antes de jogar lixo no chão e urinar em algum lugar mais discreto. Segundo a Companhia Municipal de Limpeza do Rio (Comlurb), 149 toneladas de lixo foram retiradas do recinto em três dias de festa. Mais de 250 garis trabalham para manter a limpeza, em três turnos distintos, durante 24 horas.
Um dos serviços que funciona muito bem e agradou ao público é o Achados e Perdidos. Para quem perdeu a carteira, a organização do Rock in Rio disponibiliza um setor de procura localizado no quiosque do Rock in Rio Club, dentro da Rock Street.  Fora do evento, os objetos encontrados estarão disponíveis na sede dos Correios, instalada na av. Presidente Vargas, 3.077, Cidade Nova, Rio de Janeiro. O funcionamento da agência é de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h. Vela lista de itens encontrados.
O que pode mudar:   
Com um intervalo de três dias entre as apresentações do Rock in Rio, a organização do festival prometeu melhorias para melhor atender a multidão de 100 mil pessoas que povoam a Cidade do Rock. A primeira delas é a segurança, a vice-presidente do evento, Roberta Medina, afirmou que alguns ajustes serão feitos para dar mais segurança ao público e que o segundo fim de semana será ainda melhor do que o primeiro.
Outra mudança significativa foi liberar a entrada de comida e bebidas não alcoólicas para consumo próprio. Após ser notificado pela Delegacia do Consumidor (Decon), a organização alterou a página de recomendações em seu site oficial e liberou a entrada de alimentos e bebidas.
Os banheiros, que funcionaram muito bem nos dois primeiros dias, se transformaram em uma dor de cabeça enorme para a organização. A rede de esgoto transbordou e não deu vazão suficiente para a água dos sanitários. Segundo a assessoria de imprensa, a equipe de engenharia responsável pelo evento está trabalhando em regime emergencial para solucionar esse problema. 

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