quinta-feira, 27 de outubro de 2011

JOGOS PAN-AMERICANOS GUADALAJARA 2011


NO FINAL DO 12º DIA DE COMPETIÇÕES, BRASIL TEM VICE-LIDERANÇA NO QUADRO DE MEDALHAS ATÉ ENTÃO COM 33 DE OURO, AMEAÇADA POR CUBA COM 30 DE OURO, MAS BRASILEIROS SE SEGURAM

Cuba teve um dia excelente nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Mas com golpes de judô e saltos e corridas de atletismo o Brasil resistiu e se manteve em segundo lugar no quadro geral de medalhas.

    Os cubanos foram campeões cinco vezes nesta quarta-feira. Já o Brasil ganhou quatro medalhas de ouro. Agora a delegação brasileira acumula 33 ouros, contra 30 dos cubanos.

No confronto direto em finais, deu empate. Na categoria até 100 kg do judô, Luciano Correa venceu o cubano Oreydis Despaigne na decisão e ficou com o ouro. Além disso, a medalha mostra recuperação de Luciano após os problemas desde fevereiro. Na Copa do Mundo da Hungria, ele lesionou o ombro e teve de se submeter a uma operação.
“Foi traumático, tive de fazer uma cirurgia, mas me recuperei. Voltei na Copa de São Paulo e, de lá para cá, estou me sentindo muito bem, voltando aos bons resultados”, disse o lutador brasileiro.
No outro confronto, deu Cuba. Na final da categoria acima de 100 kg Rafael Silva perdeu para um waza-ari para Oscar Brayson. “Ele conhecia o meu jogo, travou todos os golpes que eu tentava. Quando eu ia fazer uma entrada, ele fazia na minha frente. Isso acabou complicando. Os juízes interpretaram como falta de combatividade. Foi uma pena”, lamentou.
Cuba ficou ainda com outra medalha de ouro no judô. Na categoria acima de 78 kg Idalys Ortiz subiu ao topo do pódio. Já a brasileira Maria Suelen Altheman ficou pelo caminho e ganhou o bronze.
Se no tatame Cuba levou vantagem, na pista e nos campos de atletismo o brilho foi brasileiro. Foram três medalhas douradas do país, contra apenas uma dos caribenhos.
A medalha mais esperada foi de Maurren Maggi. Com um excelente salto de 6m94 ela conquistou o tricampeonato do salto em distância. Maurren já havia vencido a prova nos Pans de Winnipeg-1999 e Rio de Janeiro-2007.
“Esperava fazer uma boa prova. Estava bem preparada e disposta a fazer o salto que escapou no Mundial. Foi maravilhoso terminar o ano com a minha melhor marca da temporada. Se eu saltasse 6,80 m já estava feliz”, vibrou Maurren.
Chorando, ela seguiu para a volta olímpica, segurando a bandeira brasileira, em imagem muito semelhante à do ouro olímpico em Pequim-2008.
Outra mulher vencedora em Guadalajara foi Lucimara Silvestre. Ela ganhou o ouro no heptatlo com direito a recorde sul-americano. "Foi na base da superação, consegui terminar a prova sem lesão nenhuma. Competi o tempo inteiro com dor na coxa direita. Agora vou tratar a lesão e tentar o índice olímpico", afirmou.
A outra medalha de ouro no atletismo foi de Leandro Prates. Policial militar, ele venceu a final dos 1500 m por apenas um centésimo de diferença. “O policial precisa estar bem fisicamente para poder atender uma ocorrência e servir a população, então existe uma relação muito grande. Hoje é difícil conciliar as duas coisas, mas eu consigo. Agora sonho em baixar meu índice para tentar a vaga olímpica”, projetou ele, buscando tirar de três a quatro segundos de sua atual marca.
Cuba não saiu de mãos abanando do atletismo. Lesyani Mayor ganhou a prova de salto em altura. O país também ganhou uma medalha de ouro no levantamento de peso e outra na pelota basca.

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