sexta-feira, 28 de outubro de 2011

COPA 2014: ARENAS POUCO USADAS CUSTAM ATÉ R$150 MILHÕES POR JOGO


Entre Copa das Confederações e Copa do Mundo, serão 80 partidas de nível internacional disputadas pelo Brasil entre 2013 e 2014. Mas, apesar da expectativa de grandes públicos e alto retorno financeiro, quatro estádios já sabem que receberão apenas quatro desses duelos - e todos da primeira fase do Mundial. A Seleção Brasileira não sobrevoará essas regiões, e a tendência é que times como Espanha, Alemanha e Argentina também não. Portanto, é difícil não se preocupar com o que será feito com arenas como as de Cuiabá e de Manaus quando a onda do evento passar. Numa conta simples, os gastos podem chegar a até R$ 150 milhões por jogo abrigado. Mas os responsáveis locais têm seus planos para evitar.prejuízos.
CONFIRA A RELAÇÃO:

CIDADES-SEDE NÚMERO DE JOGOS VALOR TOTAL ESTIMADO R$ POR JOGO EM 2014
Cuiabá 4 R$ 596,7 milhões R$ 149,175 milhões
Manaus 4 R$ 533,3 milhões R$ 133,325 milhões
Natal 4 R$ 400 milhões R$ 100 milhões
Curitiba 4 R$ 220 milhões R$ 55 milhões
Recife 5 R$ 494,2 milhões R$ 98,840 milhões
Porto Alegre 5 R$ 290 milhões R$ 58 milhões
São Paulo 6 R$ 820 milhões R$ 136,6 milhões
*Belo Horizonte 6 R$ 684,1 milhões R$ 114 milhões
Salvador 6 R$ 591,7 milhões R$ 98,666 milhões
*Fortaleza 6 R$ 486 milhões R$ 81 milhões
*Rio de Janeiro 7 R$ 859,9 milhões R$ 122,8 milhões
*Brasília 7 R$ 671,2 milhões R$ 95,885 milhões
(*) As quatro sedes destacadas vão receber de três a cinco jogos da Copa das Confederações, o que atenua a diferença na relação entre gastos e utilização dos estádios neste nível de competiçã
As duas capitais citadas não têm clubes com projeção nacional nem tampouco tradição de lotar estádios com frequência. Por isso, no Mato Grosso, o projeto desenhado sob o olhar das autoridades é provisório. O público verá um palco multiuso durante a competição, com o anel completo e capacidade para 43 mil torcedores. Logo depois, se assim definir a empresa que vencer uma licitação em 2013, as arquibancadas atrás dos gols podem ser desmontadas e utilizadas em outra praça do estado, o que reduziria a Arena Pantanal para 25 mil lugares, barateando a manutenção.

- É o único projeto entre as 12 sedes, me parece, que possui esse detalhe. O estádio vai servir em definitivo ou não para outras cidades-pólo. É sustentável, mais inteligente. Trata-se de um evento atípico a este governo, por isso não há espaço para correr riscos. E o mais importante: a arena é só o passo para recebermos a Copa. O legado em visibilidade, turismo e infraestrutura que ficará para Cuiabá é marcante. Não há preocupação ou sequer conta em valores. O investimento de R$ 440 milhões (R$ 596,7 milhões, segundo balanço do governo, que considera os acessos ao local) já está sendo recuperado - avisa Eder Moraes, secretário-executivo de Cuiabá 2014.

Além disso, serão injetados aproximadamente R$ 1,2 bilhão em mobilidade urbana, com a introdução do VLT, que está em fase final de aprovação do projeto e tem previsão de entrega para 18 meses a partir do começo das obras. Isso sem contar os 11 hoteis e as rodovias que ligam áreas da região que anda não contam com tal estrutura.

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