segunda-feira, 7 de outubro de 2013

2 AMERICANOS E UM ALEMÃO LEVAM O PRÊMIO NOBEL DE MEDICINA 2013


 Os vencedores do Nobel de Medicina deste ano, Randy Schekman, Thomas Südhof e James Rothman (Foto: Peg Skorpinski/Reuters; Mary Altaffer/AP; Yale University/AP)

O Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2013 foi oferecido nesta segunda-feira (7) pelo Instituto Karolinska, em Estocolmo, aos pesquisadores James Rothman, Randy Schekman e Thomas Südhof, por seus trabalhos sobre o transporte vesicular, um importante processo celular.

Segundo os membros do comitê que concede o prêmio, o entendimento do transporte vesicular foi importante para compreender melhor doenças como tétano e diabetes, entre outras.

Os representantes ainda explicaram que as pesquisas dos vencedores deste ano não levaram ainda à criação de alguma medicação, mas ajudaram a avançar a eficiência de diagnósticos de diversas doenças.
O prêmio em dinheiro é de 8 milhões de coroas suecas (US$ 1,3 milhão), a mesma quantidade que no ano passado, mas 20% menos que em 2011.

 Cada célula funciona como uma “fábrica” que produz e exporta moléculas. A insulina, por exemplo, é produzida e secretada para o sangue, e neurotransmissores, que funcionam como sinais químicos, são mandados de uma célula nervosa para outra. Essas moléculas são transportadas em pequenos “pacotes” chamados vesículas.
Os ganhadores do Nobel deste ano descobriram os princípios moleculares que regulam como essas cargas chegam no momento certo e no lugar certo dentro de cada célula.
O Instituto Karolinska considera que o trio, cujos trabalhos foram publicados entre a segunda metade da década de 1970 e o começo da década de 1990, descobriu um processo fundamental na fisiologia celular.
O transporte e a fusão vesicular funcionam pelos mesmos princípios gerais em organismos tão diferentes quanto fungos e seres humanos.
Processos como a sinalização para o cérebro de que ele precisa liberar hormônios ou substâncias imunológicas, dependem do transporte vesicular.  Sem esse mecanismo funcionando precisamente, as células entram num estado caótico.
Randy Schekman descobriu um conjunto de genes importantes para o transporte vesicular. James Rothman destrinchou o “maquinário” de proteínas que permite às vesículas se fundirem com suas cargas, fazendo com que sejam transportadas. Já Thomas Südhof revelou como funcionam os sinais que instruem as vesículas a soltarem suas cargas com precisão.
Rothman nasceu em 1950 nos EUA e trabalha na Universidade Yale. Shekman nasceu em 1948, também nos Estados Unidos, e fez suas pesquisas na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Thomas Südhof nasceu em 1955 na Alemanha, mas também atua na Califórnia, na Universidade Stanford.

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