terça-feira, 15 de outubro de 2013

PRESIDENTE DILMA REDUZ PRESENÇA DE MULTINACIONAIS NO GOVERNO

 

A decisão da presidente Dilma Rousseff de exigir a adoção de um sistema fornecido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) na administração federal vai reduzir o alcance de gigantes estrangeiras de tecnologia ao governo. Até agora, a ferramenta Expresso, desenvolvida pelo Serpro, sofria competição de empresas como Microsoft e IBM, tidas pelo governo como ameaça à segurança, como mostrousobre segurança de tecnologia da administração federal.

 Com o anúncio feito pela presidente, a ferramenta do Serpro será padrão em órgãos de governo federais. A opção é parte da ofensiva de resposta do Palácio do Planalto ao esquema de espionagem praticado pela Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, como revelou o ex-técnico da CIA Edward Snowden. O risco de nova espionagem foi o que levou à decisão do de estender a aplicação do modelo estatal de e-mail.

  de acordo com levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado no início do ano, a Microsoft tem fatia de 75% do mercado de emails corporativos, seguida da IBM, com o Lotus (12%), Linux Mail (6%) e do Gmail, do Google (5%). “Aqui no Ministério das Comunicações nós usamos Microsoft. Já avisamos à empresa que não vamos renovar o pedido de licença”, disse o ministro Paulo Bernardo, nesta segunda-feira (14), ao comentar a adoção do Expresso.
Atualmente, cada órgão federal tem liberdade para negociar com fornecedores de serviços de tecnologia, entre eles o gerenciamento de e-mail. O Expresso opera apenas cerca de 40 mil e-mails em parte da Presidência da República, Ministério da Fazenda (secretarias e órgãos especiais), Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Ministério do Planejamento, Ministério do Meio Ambiente, entre outros órgãos federais.
O número de usuários da União é pequeno perto da folha de pagamento de 578.444 servidores da ativa, conforme dados de maio do boletim divulgado pelo Ministério do Planejamento. O Serpro cobra atualmente R$ 3,43 por conta de e-mail. Caso seja mantido o valor, a implantação para os 578.404 servidores ainda não atendidos pelo Expresso pode demandar um investimento anual de aproximadamente R$ 25,4 milhões por ano.

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