terça-feira, 8 de novembro de 2011

NATAL DEVE RECEBER R$1,4 BILHÕES DE INVESTIMENTO


A perspectiva do empresariado do Brasil é que o país consiga gerar com o advento da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016, algo em torno de R$ 5 bilhões em negócios. Pensando em fazer o país capitalizar em cima desses megaeventos esportivos é que no início do próximo ano será dada a largada ao empreendimento Word Sports e Business, um projeto que tem como finalidade ajustar a sintonia do empresariado nacional com o pensamento dos grandes investidores internacionais, que estão enxergando oportunidades para realização de bons negócios neste momento ímpar por que passa o país. A expectativa é que a cidade de Natal absorva R$ 1,4 bilhão em investimentos, do montante previstos para ser injetado no Brasil.
ideia é conectar todos os públicos e otimizar as oportunidades geradas com investimentos na ordem de R$ 142 bilhões que serão injetados na economia brasileira até 2014,de acordo com dados do estudo Brasil Sustentável, realizado pela consultoria Ernest & Young em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os dados apresentados no levantamento apontam que com a dinamização da economia serão criados, por ano, até a realização da Copa, 3,6 milhões de empregos diretos e indiretos no país.

Com a experiência acumulada na preparação da Copa do Mundo da Alemanha e da África do Sul o HBusiness Bank (HBB) promoverá uma grande feira em setembro de 2012, no Hipódromo da Gávea, no Rio de Janeiro, destinada a apresentação de produtos e serviços das empresas e de setores de infraestrutura, serviços básicos e negócios do futebol, abrindo espaços para que representantes das 12 sub-sedes do Mundial apresentem seus projetos e demostrem para os investidores internacionais os tipos de oportunidades que estão dispostas a oferecer.

A estimativa é que apenas para garantir a infraestrutura e a organização da Copa do Mundo sejam gastos R$ 22,4 bilhões. Adicionalmente a competição deve injetar na economia nacional outros 112,8 bilhões com produções em cadeia e efeitos indiretos e induzidos em setores como a construção civil, turismo e comércio.

Também não é apenas a entrega de modernos estádios que está sob a responsabilidade das cidades-sedes, todas necessitam de grandes investimentos e reestruturação nas áreas de mobilidade urbana, na hotelaria, reurbanização e segurança, o que abre um leque imenso de negócios para os investidores internacionais. O leque abrange ainda o aprimoramento da base de tecnologia de informação, centros de mídia, transmissão de jogos e instalação e dos fan parks.

Lei Geral da Copa vai liberar a bebida alcoólica nos estádios

São Paulo (AE) - Quando disse à Agência Estado na semana passada que o Brasil não venceria a Fifa, o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, não estava com brincadeira. A intensa articulação política comandada pelo dirigente nos últimos dias a respeito da Lei Geral da Copa dá sinais de ter sido bem sucedida. Ontem, o relator da lei na Câmara, deputado Vicente Cândido (PT-SP), admitiu, por exemplo, que vai incluir no texto uma das principais exigências da Fifa: a liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios do Mundial de 2014.

"Falei para o secretário (Valcke) que vamos trabalhar para incluir a permissão de venda de bebidas alcoólicas no texto da Lei Geral da Copa. Assim, não seria necessário revogar com cada um dos Estados que têm essa proibição", explicou o parlamentar, que participou nesta segunda de uma visita às obras do Itaquerão, estádio do Corinthians que receberá a partida de abertura do Mundial.

Para facilitar a aceitação do texto tanto no Congresso quanto entre a opinião pública, Cândido sugeriu que a Fifa se envolva em algumas causas sociais. Uma das propostas apresentadas a Valcke é trocar ingressos - daqueles jogos com apelo menor - por armas de fogo, o que incentivaria a campanha nacional do desarmamento. "Levei a ideia ao senhor Valcke e ele se mostrou bastante aberto e até mesmo favorável à iniciativa", observou o deputado. Uma da missões atribuídas a Valcke na atual visita ao País é estancar o uso político que o Mundial passou a ter por aqui. A assessores próximos, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, cansou de argumentar que o conteúdo da Lei Geral da Copa está definido desde 2007.

Por isso, a passagem de Valcke pelo Brasil tem sido marcada pela discrição e pelos contatos com políticos. Ontem, em São Paulo, o dirigente deixou de lado as pautas técnicas, nas quais tratava de estádios e infraestrutura, para dedicar-se às discussões sobre a Lei. Valcke quer garantir o apoio político necessário em cada uma das 12 sedes do Mundial para que o texto final do documento preserve a autonomia da Fifa na organização do evento. Valcke participará de reuniões nesta terça em Brasília. Uma delas deve ser com o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Espera-se que o dirigente da Fifa dê entrevista para falar sobre seus encontros no Brasil.
FONTE: JORNAL TRIBUNA DO NORTE

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