quinta-feira, 3 de novembro de 2011

BRASIL REGISTRA PRATICAMENTE 3 MIL INVENÇÕES POR ANO



No Brasil, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) concede três mil patentes de invenções por ano. Invenções como uma pistola para matar mosquito, um cortador de unhas com lupa ou um pente para os carecas estão em um museu. Parece brincadeira, mas esses objetos já ajudaram muita gente e alguns foram parar no comércio. “As ideias acabam surgindo de necessidades. Não necessariamente o primeiro objetivo da pessoa é ganhar dinheiro, então a gente fala que o inventor é uma pessoa muito observadora”, diz Daniela Mazzei, da Associação Nacional dos Inventores.
O administrador João Batista Vantol ficava preocupado toda vez que a filha, veterinária, cuidava dos animais mais agitados. Foi quando ele teve uma ideia: “Esse equipamento serve para que o gato seja contido e as patas possam ser trabalhadas individualmente. Pode se cortar a unha, pode dar uma injeção subcutânea, intramuscular”. Ele já fez o pedido de patente do invento ao Inpi. Isso significa que, por até 20 anos, ninguém poderá copiar o equipamento sem a autorização do inventor.
Um grupo de inventores decidiu que trabalhar juntos é a melhor maneira de cultivar ideias e partilhá-las e transformou uma casa de dois andares em um laboratório. Qualquer um pode participar, basta inventar. “Isso aqui é um leitor de dinheiro e cores para cegos. Ele faz a leitura de todas as notas de reais e também de cores”, explica Fernando Gil, engenheiro de computação.
A ideia de se reunir em uma casa surgiu primeiro na internet e, depois, veio o laboratório de invenções. Hoje, o projeto tem mais de sete mil associados e um inventor dá opiniões sobre a invenção do outro. “A gente consegue compartilhar o conhecimento com as pessoas, elas podem usar o conhecimento que a gente está adquirindo e desenvolvendo aqui. A gente define qual uso que a pessoa pode ter desse conhecimento, desse desenvolvimento que a gente fez”, afirma o engenheiro eletricista Marcelo Rodrigues
O engenheiro mecânico Sergio Imperador apresenta outra invenção: “É um robô comandando por internet. Você imagina que pode estar em outro local, na sua casa, e no seu serviço, colocando robô para andar, a câmera vai mostrando tudo”. Marco Aurélio Tavares Bastos, jornalista, explica outro projeto: “Esse é um filtro de ar para capacete de bicicleta ou moto. Uma ventoinha induz o ar a passar por uma buchinha que é natural, lavável em casa. Dá para ver a diferença da sujeira usada. Você respira um ar mais puro”.

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